A Biblioteca Escolar no plano E@D
quinta-feira, 30 de abril de 2020
sábado, 25 de abril de 2020
A REVOLUÇÃO DOS CRAVOS
25 de Abril de 1974.
De
madrugada, militares do MFA (Movimento das Forças Armadas) ocuparam os estúdios
do Rádio Clube Português e, através da rádio, explicaram à população que
pretendiam que o País fosse de novo uma democracia, com eleições e liberdades
de toda a ordem. A senha para o início do movimento foi dada à meia-noite através
da rádio; era uma música proibida pela censura, “Grândola Vila Morena”, de Zeca
Afonso.
Durante o
dia, a população de Lisboa foi-se juntando aos militares. E o que era um golpe
de Estado transformou-se numa revolução. A certa altura, uma vendedora de
flores começou a distribuir cravos. Os soldados colocaram o cravo no cano da
espingarda e os civis puseram a flor ao peito. Por isso, hoje em dia lhe
chamamos "Revolução dos Cravos".
A
"Revolução Dos Cravos" derrubou o regime salazarista, restabeleceu
liberdades democráticas, promoveu transformações sociais no país.
Um ano depois, a 25 de Abril de 1975, os portugueses votaram
pela primeira vez em liberdade.
Queres
conhecer melhor o que foi esta revolução e como se vivia no país
antes deste dia? Clica no link e acede à informação. Podes, também, ver 25 das imagens que ilustram esse dia e que demonstram a alegria do povo
português.
A
revolução de abril começou com música e muitas são as músicas associadas a este
momento histórico. As músicas de abril tornaram-se
símbolos da revolução da liberdade. Para celebrar o 25 de abril, recordamos algumas das canções de intervenção e de
protesto contra o regime instaurado.
25 de abril
Sempre
“Esta é a madrugada que eu esperava
O dia
inicial e limpo
Onde
emergimos da noite e do silêncio
E livres
habitamos a substância do tempo”.
Sophia de
Mello Breyner Andersen (1974)
Em
Portugal, na madrugada de 24 para 25 de Abril de 1974, um grupo de militares
iniciou o derrube do regime repressivo de 48 anos, há muito esperado. O povo
desceu às ruas, clamando por paz, pão e liberdade. Emergindo dos tempos ditados
por Salazar e Caetano, os povos de Portugal e das então colónias portuguesas
emanciparam-se calando uma guerra sangrenta, uma emigração injusta, uma
economia pobre e uma sociedade censurada, tão distantes da CEE/UE e da ONU.
Nasceu
a Democracia, fez-se a Descolonização e alimentou-se o Desenvolvimento. Os tais
3 D do Movimento das Forças Armadas, prometidos e vividos desde então.
Interrompida
a noite com o cantar de “Grândola, Vila Morena” e de “Somos livres”, o povo
português, unido, tem celebrado, desde essa data, a Revolução dos Cravos.
Hoje,
em Portugal e no Mundo, canta-se novamente a “Grândola, Vila Morena”. Em casa
ou à janela, ao vivo ou online, com um livro na mão, em tempos
singulares de pandemia. Um 25 de Abril diferente, mas sempre!
Fonte: http://www.pnl2027.gov.pt/np4/25deabril_2020.html
Clica na imagem
para entrares no site do PNL e acederes a títulos de livros relacionados com o
25 de Abril, assim como a filmagens e imagens, documentos e testemunhos, à
canção "Grândola Vila Morena" cantada por vários cantores nacionais e
estrangeiros, a músicas de abril e a atividades.
25 DE ABRIL

como um dia inicial,
esse dia inteiro e limpo
foi o 25 de Abril.
Dia em que as ruas cresceram
e as horas se esqueceram
e em praças e avenidas
se agitaram cravos mil.
Em que o povo levantou,
de voz armada e razão,
a sua Revolução,
p'ra, sem mortos nem feridos,
ao país restituir
a liberdade roubada
e à terra lançar sementes
de um reto e claro porvir.
João Pedro Messeder. Romance do 25 de Abril
em prosa rimada e versificada. Caminho, 2007 (excerto)
Ilustração: Abigail Ascenso
25 de Abril de 1974 - Um Tesouro a descobrir...
“O Tesouro” é um
livro do escritor Manuel António Pina, que nos conta a história de um país muito
distante onde, há muitos, muitos anos, vivia um povo infeliz. Alguém tinha
roubado ao seu povo, às suas gentes, o mais belo e importante tesouro do mundo:
A LIBERDADE. Nesse país, as
pessoas não podiam fazer o que queriam, nem podiam dizer o que pensavam. Esse
país parecia uma prisão, era o País das Pessoas Tristes.
A mensagem deste livro fica connosco, depois de o lermos. O Centro
de Documentação 25 de abril da Universidade de Coimbra disponibiliza-o na sua página e nós
convidamos-te a lê-lo.
CLICA na imagem.
CLICA na imagem.
Esta história de Manuel António Pina é narrada
na RTP Play, no programa "Conta um conto", ao mesmo tempo, por Carla Galvão, em Português, e Nuno Costa, em
Língua Gestual Portuguesa.
Vê e ouve aqui.
Vê e ouve aqui.
AILÉ, AILÉ! - ZECA CANTADO E CONTADO
Daniel Completo e José Fanha, em coro com vozes
de crianças, juntaram-se para cantar e contar Zeca Afonso. Neste vídeo, podes ouvir "Ailé,
Ailé", canção que faz parte de um livro CD com o título “Ailé! Ailé! Zeca cantado e contado”.
O vídeo está muito interessante. Observa e
escuta!
25 de abril - Música de intervenção
Canções de abril
A propósito do 25 de abril de 1974, queremos deixar-te
um conjunto de “posts”, para que se mantenha viva a memória
dos ideais da Revolução que conduziram ao fim da ditadura e fizeram emergir a
DEMOCRACIA.
Começamos pela música – a música de
intervenção –, verdadeira arma política, através da qual a sociedade se faz ouvir,
muito importante tanto no período pré-revolução como no pós-revolução. São
músicas de protesto que têm como principal objetivo despertar consciências para
os problemas sociais, económicos, políticos. Aqui fica uma pequena rapsódia das
Canções do 25 de abril, intemporais e ligadas ao imaginário do povo português:
Adriano
Correia de Oliveira - Trova do vento que passa
Padre
Fanhais - Cantata da paz
Fernando
Tordo - Tourada
José
Mário Branco - O Charlatão
In
Clave-Tonicha-Tordo - Portugal ressuscitado
Sérgio
Godinho - Que força é essa
Luís
Cília - Assim cantamos
Ermelinda
Duarte - Somos livres
Pedro
Barroso - Água mole em Pedra dura
Escuta
com atenção as mensagens que pretendem veicular. No jogo de palavras, vais
descobrir as razões da contestação.
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