Concurso Nacional de Leitura

A prova do Concurso Nacional de Leitura a nível de escola realizou-se na biblioteca Isabel Alçada no dia 19 de janeiro de 2023 em dois horários: às 10:00 da manhã para os alunos do 6º ano e às 15:00 para os alunos do 5º ano e também para os alunos do 3º ciclo. 

Os alunos inscreveram-se antecipadamente para poderem realizar a prova. Os alunos do 2º ciclo tiveram que ler o livro "A Bela e o Monstro", de Jean-Marie Leprince de Beaumont, enquanto os alunos do 3º ciclo tiveram que ler o livro "A pérola, de John Steinbeck, ambos disponíveis para requisição domicilar na biblioteca.

A prova foi feita nos computadores da biblioteca, respondendo a um formulário cujas questões incidiam nas obras  lidas. As duas vencedoras do 2º ciclo da Prova da Escola Professor Egas Moniz foram: Matilde Crasto, do 5ºH e Fatimata Sow, do 6ºH.

Estas alunas participaram na fase municipal do CNL que se realizou na manhã do dia 2 de março, no Auditório Acácio Barreiros, no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra. Para isso tiveram que ler o livro: "Confia na Mudança", de Margarida Fonseca Santos.

No final da atuação de um animado grupo teatral, e depois de apurados os resultados das provas, teve lugar a cerimónia de entrega de prémios aos vencedores desta etapa, assim como de certificados de participação a todos os alunos que se deslocaram das várias escolas do concelho de Sintra para participar nesta prova. Os vencedores, em que se incluem alunos do 3º ciclo do nosso agrupamento, seguem para a fase intermunicipal.

Parabéns à Fatimata e à Matilde que representaram a nossa escola!

Classroom da BE

A Plataforma Google Classroom da BE foi posta ao serviço de alunos e professores para, por exemplo, servir de veículo de resposta a diversos formulários sobre obras lidas em leitura orientada na sala de aula ou de forma autónoma pelos alunos, a maioria dos quais recomendados no âmbito do Plano Nacional de Leitura.

Em horário estipulado com as professoras de Português, várias turmas do 5º e do 6º ano deslocaram-se à biblioteca escolar para responder aos questionários sobre as obras. Os resultados eram visualizados no final do questionário por cada aluno mas foram também, posteriormente, enviados para o email de cada um.

Newton gostava de ler

O Projeto "Newton gostava de ler", desenvolvido pela Universidade de Aveiro – Fábrica da Ciência e a implementar pelas Bibliotecas Escolares, tem como objetivo comunicar ciência desde a mais tenra idade, conciliando a leitura dos textos literários com a experimentação científica.

Os 5 kits disponibilizados a todos os agrupamentos de escolas englobam livros infanto-juvenis que de alguma forma perpassem um tema da ciência, um guião das atividades a desenvolver em torno da leitura, materiais específicos para as replicações das experiências científicas e um guião de experimentação com propostas de execução adaptado aos currículos dos diferentes ciclos de ensino.

No âmbito deste projeto, têm sido dinamizadas atividades pela docente de Físico-Química, Fátima Martins, em colaboração com a Biblioteca Escolar e com a participação de várias turmas. 

Alguns dos módulos utilizados foram: "3,2,1... lançar sonda na biblioteca", “Experiência emulsionante” e “Cristaliza esta ideia”. Os discentes aprenderam, divertiram-se e associaram a leitura à prática experimental.

Com o intuito não só de promover a leitura e a cultura em geral, mas também de divulgar a ciência junto dos alunos, a BE tem adquirido novos exemplares que certamente constituirão uma leitura bem estimulante para quem os requisitar. Ora vejam alguns exemplos de títulos:

Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

O dia 27 de janeiro foi designado pela Assembleia Geral das Nações Unidas como o “Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto”.

O propósito deste dia é não esquecer o genocídio em massa de seis milhões de judeus, um dos maiores crimes contra a Humanidade de que há memória, e homenagear milhões de outras vítimas do nazismo durante a Segunda Guerra Mundial. A data visa alertar para o combate ao antissemitismo, ao racismo e a quaisquer outras formas de intolerância que possam levar à violência.

Para o secretário-geral, António Guterres, ao relembrar o Holocausto o mundo reconhece as ameaças à liberdade, à dignidade e à humanidade, inclusive no tempo atual. O chefe da ONU pede que o genocídio nunca seja esquecido, nem que se permita que outros o esqueçam, distorçam ou neguem. 

A biblioteca Isabel Alçada pôs à disposição de professores e alunos livros como: "Aristides Sousa Mendes, homem de coragem", de José Jorge Letria e vários exemplares relacionados com a vida de Anne Frank, incluindo 14 exemplares da sua biografia adaptados ao nível etário dos alunos do 2º ciclo e que foram requisitados para aulas de Português e Cidadania.

Foi também exibido o filme: "O Diário de Anne Frank" em sessões agendadas na Biblioteca Escolar.

Dia Internacional dos Direitos Humanos

No dia 10 de dezembro de 2022 celebrou-se o Dia Internacional dos Direitos Humanos, com o lançamento de uma campanha para promover o 75º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos em 2023 com o lema: “Dignidade, liberdade e justiça para todos”. Esta Declaração Universal enumera os direitos humanos básicos que devem assistir a todos os cidadãos.

A data visa homenagear o empenho e dedicação de todos os cidadãos defensores dos direitos humanos e colocar um ponto final a todos os tipos de discriminação, promovendo a igualdade entre todos os cidadãos.

No entanto, o respeito pela vida e dignidade do ser humano, a liberdade dos povos e o seu grito por justiça, paz e integridade da criação, permanecem ainda desafios globais para a humanidade inteira.

A BE assinalou o dia com uma exposição sobre o tema e com exibição de vídeos da UNICEF sobre o drama dos refugiados que foram também visualizados e discutidos em aulas de Cidadania.

Nalgumas aulas de Português do 2º ciclo, foram lidos excertos do livro: "A admirável aventura de Malala" (que foca, entre outros, o direito à educação), no âmbito da atividade "10 minutos a ler".

É responsabilidade de cada um proteger, promover e respeitar os direitos humanos de todos.

Centenário do escritor José Saramago

Assinala-se a 16 de novembro de 2022 o centenário do nascimento de José Saramago. 

O programa “Saramago na Escola” compreende várias iniciativas, dentre as quais as Leituras Centenárias, uma parceria da Fundação José Saramago com a Rede de Bibliotecas Escolares e com o Plano Nacional de Leitura, dirigidas a escolas secundárias.

A biblioteca Isabel Alçada dinamizou sessões sobre a vida e obra do autor e promoveu a leitura integral de “A maior flor do mundo” em aulas de Apoio ao Estudo e Educação Musical, sendo também visualizada uma animação sobre a obra. 

Posteriormente, os alunos do 2º ciclo foram convidados a criar caligramas com frases inspiradas nesta obra e, por fim, foi feita uma exposição dos trabalhos que ficaram muito giros.

Carrega na imagem acima para visualizares o booktrailer do livro "A maior flor do mundo" de José Saramago.

Mês Internacional da Biblioteca Escolar (MIBE)

Em Portugal, o Dia da Biblioteca Escolar assinala-se no dia 24 de outubro. E outubro é o Mês Internacional da Biblioteca Escolar (MIBE), uma celebração anual das bibliotecas escolares em todo o mundo. É uma oportunidade para mostrarem o que fazem e para levar os alunos a valorizar a utilização da biblioteca em contexto curricular, assim como nos seus tempos de lazer. O mote lançado para este ano é: LER PARA A PAZ E HARMONIA GLOBAIS.

Em resposta a este desafio, a biblioteca Isabel Alçada criou um espaço de leitura com livros e textos relacionados com a Paz. Estes livros, textos e poemas estiveram à disposição dos alunos que frequentaram a biblioteca e que livremente fizeram as suas leituras em silêncio ou em voz alta em partilha com outros colegas. 

Durante a semana que decorreu de 24 a 28 de outubro, dois alunos de cada turma dos 2º e 3º ciclos vieram à biblioteca escolar escolher um destes textos e foram lê-los em voz alta nas aulas de Português, dando depois lugar a uma partilha de pensamentos e compromissos para preservar a paz e harmonia globais.

Aqui ficam dois dos poemas:

Todas as crianças da Terra

Um capacete de guerra tem um ar carrancudo

Muito mais bela é uma flor

Uma flor tem tudo

para falar de paz e de amor.

Mas se virarmos o capacete de guerra

ele será um vaso, e é bem capaz

de ter uma flor num pouco de terra

e falar de amor e de paz.

A paz é uma pomba que voa.

É um casal de namorados,

São os pardais de Lisboa

que fazem ninho nos telhados.

E é o riacho de mansinho

que saltita nas pedras morenas

e toda a calma do caminho

com árvores altas e serenas.

A paz é o livro que ensina.

É uma vela em alto mar

e é o cabelo dá menina

que o vento conseguiu soltar.

E é o trabalho, o pão, a mesa,

a seara de trigo, ou de milho,

e perto da lâmpada acesa

a mãe que embala o seu filho.

A paz é quando um canhão

muito feio e de poucas falas

sente bater um coração

e dispara cravos, em vez de balas.

E é o braço que dás

no dia em que tu partires,

e as gotas de chuvas da paz

no balanço do arco-íris.

É luar de lua cheia

tocando as casas e a rua,

são conchas, búzios na areia,

a paz é minha e é tua.

É o povo todo unido

no mundo, de norte a sul,

e é um balão colorido

subindo no céu azul.

A paz é o oposto da guerra,

é o sol, são as madrugadas,

e todas as crianças da terra

de mãos dadas, de mãos dadas,

de mãos dadas.

                                  Sidónio Muralha

Ode à Paz

Pela verdade, pelo riso, pela luz, pela beleza,

Pelas aves que voam no olhar de uma criança,

Pela limpeza do vento, pelos actos de pureza,

Pela alegria, pelo vinho, pela música, pela dança,

Pela branda melodia do rumor dos regatos,

Pelo fulgor do estio, pelo azul do claro dia,

Pelas flores que esmaltam os campos, pelo sossego dos pastos,

Pela exactidão das rosas, pela Sabedoria,

Pelas pérolas que gotejam dos olhos dos amantes,

Pelos prodígios que são verdadeiros nos sonhos,

Pelo amor, pela liberdade, pelas coisas radiantes,

Pelos aromas maduros de suaves outonos,

Pela futura manhã dos grandes transparentes,

Pelas entranhas maternas e fecundas da terra,

Pelas lágrimas das mães a quem nuvens sangrentas

Arrebatam os filhos para a torpeza da guerra,

Eu te conjuro ó paz, eu te invoco ó benigna,

Ó Santa, ó talismã contra a indústria feroz.

Com tuas mãos que abatem as bandeiras da ira,

Com o teu esconjuro da bomba e do algoz,

Abre as portas da História,

                               deixa passar a Vida!

Natália Correia, in "Inéditos (1985/1990)"